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O violonista e compositor australiano Doug de Vries é um importante músico na Austrália, famoso no jazz e na música instrumental. Ele é conhecido por difundir a música brasileira na Austrália, um apaixonado pela música do Brasil e pelo violão Lineu Bravo.
Em 2009, Doug esteve no Brasil, e assim começou sua relação com o violão do luthier Lineu Bravo. O músico desejava ter um violão Lineu Bravo, mas não tinha tempo de encomendar o instrumento. Então, o amigo e também cliente de Lineu, Maurício Carrilho, vendeu o seu a Doug e encomendou outro do luthier para ele.
Doug comenta que se sente sempre feliz ao tocar o violão de Lineu, principalmente por conseguir se expressar em vários estilos e gêneros. “O violão Lineu Bravo tem a sonoridade bem brasileira, bom para os ritmos característicos do Brasil, como o samba, choro e baião, mas também é universal e ainda possui som suave e puro desejado para o violão clássico com bom volume e boa resposta”.
O violão de Doug tem tampa em cedro, corpo de jacarandá fundo e lados e escala elevada.
O bom gosto do australiano pela música brasileira teve influência de um grande mestre. “Eu me apaixonei pela música do Baden Powell quando eu era um adolescente nos anos setenta. Ouvi muito os discos dele, sempre procurando aprender os temas”, diz o violonista.
Além de Doug, outros artistas australianos que tocam o violão de Lineu são Mike Bevan e Julian Scheffer.
Neste vídeo, Doug está tocando “Hummingbird” com o brasileiro Yamandu Costa.
Por Mayara Fujikake
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O luthier Lineu Bravo fala sobre a evolução da escola do violão desenvolvida no Brasil.
Há no mundo três grandes escolas de violão:
– Violão Clássico
– Violão Flamenco
– Violão Brasileiro
Isto porque, embora o instrumento seja muito popular em praticamente todo o globo, nestas três escolas o violão é levado ao seu limite, deixando de ser um mero acompanhador para desempenhar um papel central.
Violão Brasileiro
O violão brasileiro se desenvolveu naturalmente da fusão de diferentes influências, por isso não tem uma sonoridade específica.
Na história do violão popular no Brasil houve um desenvolvimento com legados e influências muito rápidas de uma geração para outra em diferentes regiões, sempre exigindo dos violonistas um alto desempenho.
Talvez o violão brasileiro seja a escola que melhor aceita influências externas, isto provavelmente por estarmos em um país rico em miscigenação cultural. Muitos violonistas populares importantes tiveram e têm alguma base do violão erudito e do flamenco. Estas técnicas são sempre bem-vindas e assimiladas, algumas vezes até com uma certa irreverência, bem ao “jeitinho brasileiro”. O resultado é sempre um algo a mais na nossa música.
7 cordas
No decorrer do século 20 uma figura importante apareceu neste cenário: o violão de sete cordas. Este não é superior ou inferior ao tradicional de seis cordas, mas permite possibilidades específicas.
Eu acredito que o surgimento do sete cordas alavancou ainda mais o desenvolvimento de técnicas também para os violonistas de seis cordas, que se vêm desafiados e impelidos a serem ainda mais criativos.
O que estamos observando nas últimas décadas é uma contrapartida histórica muito grande: nós que sempre bebemos das culturas estrangeiras estamos despertando muito interesse em todo o mundo.
A música brasileira – com certo destaque para o violão brasileiro – está mais e mais sendo consumida e assimilada por músicos dos três continentes.
Por Lineu Bravo
Confira vídeos das três grandes escolas de violão do mundo:
– Violão Brasileiro – Baden Powell
– Violão Flamenco – Paco de Lucía
– Violão Clássico – Andres Segovia
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- Violão
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“Na vida, há pessoas que fizeram história e que merecem nossa admiração. Tenho ídolos que gostaria de ter visto tocar meus violões. Músicos incríveis, como Raphael Rabello, Baden Powell e Dino 7 Cordas.
- Baden Powell
- Dino Sete Cordas
- Raphael Rabello
Uma pena que as eras não se encontraram. Eu nem tinha pretensão em fazer violão para gente grande e músicos importantes, como depois eu acabei fazendo, mas Raphael Rabello e Baden Powell são ídolos para quem eu adoraria ter construído violões.
Eu comecei esta carreira em um momento em que eles já não estavam tocando mais. Rafael também já tinha nos deixado. A sonoridade destes músicos inspira e move o meu trabalho. Eles são poderosíssimos. São alguns dos caras que construíram a sonoridade do violão brasileiro. Então, claro que eu bebo dessa fonte também. Sou fã de carteirinha deles, pois são geniais, cada um no seu estilo. São marcos importantes no desenvolvimento do violão brasileiro.
Já o Dino das 7 Cordas foi a minha primeira inspiração pelo fato de eu ter sido criado em rodas de choro. O pedestal que me motivou a fazer o violão Sete Cordas de Aço Modelo Rogério Caetano. Esse violão é também uma reverência ao Dino 7 cordas”.
Lineu Bravo, luthier de Taubaté, é responsável por construir violões para diversas personalidades, como Yamandu Costa e Ana Carolina
Vídeos de Baden Powell, Raphael Rabello e Dino 7 Cordas
Por Mayara Fujikake
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