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Luthier Lineu Bravo e a arte de construir cavaquinhos

O violão não é a única obra do luthier Lineu Bravo, outro instrumento que ele constrói com maestria é o cavaquinho. O processo, que é semelhante ao da construção de um violão, requer maior minuciosidade e delicadeza, por conta das pequenas peças que compõem o instrumento. Os detalhes na produção são essenciais para garantir ao cavaquinho o equilíbrio perfeito.

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O cavaquinho tem um significado especial para Lineu Bravo: “O cavaquinho é um instrumento pelo qual eu tenho um carinho muito especial, já que foi primeiro instrumento que eu comecei a tocar quando eu tinha 10 anos de idade e também o primeiro instrumento que construí na minha adolescência”, explica o luthier.

A construção do cavaquinho marcou o início da carreira do luthier, que conta a importância dessa experiência: “A primeira experiência que tive com construção de instrumento foi com o cavaquinho. Como era um instrumento que eu tocava, acabei construindo outros cavaquinhos. Fazia esse instrumento por hobby e foi assim que adquiri total intimidade com a arte da construção de instrumentos”.

Segundo o luthier, construir cavaquinhos foi uma grande escola: “O cavaquinho, por ser menor e mais delicado e possuir uma caixa acústica menor, requer muito mais cuidado e atenção. Para conseguir um padrão sonoro e de equilíbrio é necessário um nível de atenção muito maior. O cuidado requerido na construção do cavaquinho é muito maior do que em outros instrumentos. É por essa razão que ao construí-lo, você se prepara melhor para fazer instrumentos que possuam uma caixa acústica maior, que naturalmente vão te dar mais opções de timbre e de som”, explica Lineu.

Lineu Bravo explica a dificuldade de se obter uma afinação perfeita em um instrumento como o cavaquinho: “O cavaquinho é muito delicado, é muito difícil construir um instrumento deste com uma afinação perfeita”.

Dominando a arte de se construir cavaquinhos, domina-se a arte de construir todos os outros instrumentos: “A partir do momento em que descobri a fórmula de fazer uma afinação perfeita no cavaquinho, ficou bem mais simples construir outros instrumentos, uma vez que eu já tinha aprendido o princípio com um instrumento crítico”, explica o luthier Lineu Bravo.

Sobre Lineu Bravo

Lineu Bravo é luthier autodidata, apreciador de boa música. Desde cedo, desenvolveu intimidade com a madeira na marcenaria do pai. Construiu o primeiro instrumento aos 14. Desde então, seus violões, cavacos, bandolins e violas têm ido parar nas mãos de grandes músicos. Guinga, Zélia Duncan, Marcus Tardelli, Marco Pereira, João Bosco, Yamandú Costa, Chico Buarque, Ulisses Rocha, Hamilton de Holanda, Ângela Muner, Rogério Caetano, Mauricio Carrilho, Luciana Rabello, João Lyra, Mauricio Marques, Edson Lopes, Alessandro Penezzi, Juarez Moreira, Fernando César, Jayme Vignoli, Flávio Apro, Giacomo Bartoloni, Swami Jr, Rosa Passos, Ana Carolina, Zé Paulo Becker, Douglas Lora e todos os integrantes do Quarteto Maogani são alguns deles.

Informações

A oficina de Lineu Bravo Luthier está localizada em Taubaté, na região do Vale do Paraíba, a 130 quilômetros de São Paulo.

Informações: lineu@lineubravo.com.br

 

 

Papo Vanguarda: “Uma madeira na mão e um som na cabeça”

Assim o luthier Lineu Bravo explica ao apresentador Vinícius Valverde, no programa “Papo Vanguarda”, da Rede Vanguarda, afiliada da Rede Globo no Vale do Paraíba, Litoral Norte de São Paulo, Serra da Mantiqueira e Região Bragantina, sua peculiar intuição e busca incessante pelo som perfeito. Lineu Bravo foi uma das estrelas da reportagem de 8 de dezembro de 2013. “Eu costumo brincar e ‘plagiar’ o Glauber Rocha, que diz: ‘Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça’, no meu caso não, no meu caso é ‘Uma madeira na mão e um som na cabeça’. Eu corro atrás deste som”, afirmou o luthier ao explanar o “temperar” da sonoridade, no processo de construção dos instrumentos artesanais. Entre os assuntos abordados, estava o início de sua carreira como profissional que constrói violões e cavaquinhos. Quando criança, a frase que predominava no discurso do pequeno Lineu era: “Vai sobrar?” ao seu pai marceneiro, sempre à procura de material para construir suas “invenções” em madeira. Lineu também conta a brincadeira que fez com Chico Buarque e a situação marcante que teve com Yamandú Costa. Ficou curioso? Assista!

Lineu Bravo no programa Papo Vanguarda

Ainda no programa houve a participação do violonista taubateano Nico Ferreira tocando um violão Lineu Bravo.

Nico Ferreira toca violão Lineu Bravo no Papo Vanguarda

 Por Mayara Fujikake

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Papo Vanguarda entrevista Lineu Bravo Luthier

Lineu Bravo Luthier no Papo VanguardaNeste domingo, dia 8 de dezembro, você tem um motivo a mais para ficar ligado na TV no fim de noite. O luthier Lineu Bravo será entrevistado no programa “Papo Vanguarda”, da Rede Vanguarda, afiliada da Rede Globo no Vale do Paraíba, Litoral Norte de São Paulo, Serra da Mantiqueira e Região Bragantina. “Papo Vanguarda” vai ao ar depois do programa humorístico “Junto e Misturado”.

Em um bate papo descontraído, o apresentador Vinícius Valverde abordou vários assuntos com Lineu Bravo, como a profissão de luthier, histórias curiosas e música. A reportagem contou também com a participação do talentoso violonista taubateano Nico Ferreira.

Lineu Bravo mora em Taubaté desde 2008. Ele nasceu em Sorocaba e encontrou várias qualidades do município do Vale do Paraíba, tanto para exercer o seu trabalho com a produção de violões e cavaquinhos, quanto para viver.

Cativado com a simpatia do apresentador, Lineu Bravo afirmou ter curtido o papo. “Foi bem legal, a equipe foi recebida no meu ateliê e o Vinícius é muito simpático”, conta Lineu.

Então, não perca! Domingo, depois de “Junto e Misturado”, Lineu Bravo Luthier na Vanguarda!

Por Mayara Fujikake

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Saiba como foi a homenagem da Câmara de Taubaté a Lineu Bravo

O luthier Lineu Bravo foi homenageado na Casa do Figureiro, em solenidade da Câmara Municipal de Taubaté, no Dia do Folclore. O evento aconteceu no dia 22 de agosto.

“Folclore para mim é sinônimo de cultura popular, e a maioria dos músicos para quem trabalho são grandes representantes da música popular brasileira, uma das maiores manifestações da cultura do nosso país”, comenta Lineu Bravo.

Vereadora Gorete teve a iniciativa na homenagem ao luthier

Em comemoração muito criativa e digna do Dia do Folclore, Lineu Bravo recebeu homenagem por iniciativa da vereadora Gorete, que admira o trabalho do luthier e quis prestigiá-lo. “Decidimos valorizar o belo trabalho de Lineu, que é apreciado mundialmente, mas ainda é pouco conhecido aqui na cidade.”

Na noite, além do luthier, também foi homenageado o projeto coletivo de Arte Itinerante “Cultura Nakombi”, que tem como objetivo levar arte e cultura para comunidades em situação de vulnerabilidade social utilizando uma Kombi com um estúdio de áudio e vídeo.

Lineu diz que ficou surpreso e honrado em ter esse reconhecimento na cidade, mesmo fazendo o seu trabalho “em silêncio”, como é a maneira que ele gosta de produzir seus violões. “Foi uma surpresa, pois fazendo meu trabalho quietinho, no meu canto, não imaginava que havia tanta gente prestando atenção”, brinca Lineu.

Como o luthier vive em Taubaté há quase cinco anos, ele conclui dizendo ter se sentido realmente lisonjeado com o convite: “Fiquei feliz especialmente por ser no Dia do Folclore, pois sei que a cidade tem a tradição de homenagear personagens locais nesta data.”

Talento do luthier é mostrado em vídeo produzido para a solenidade

Por Mayara Fujikake

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